A imagem da presidente Dilma Rousseff (PT) perante à sociedade brasileira está bastante desgastada devido à crise econômica e ao escândalo da Petrobrás revelado pela Operação Lava-Jato.
Uma pesquisa realizada pelo instituto Datafolha mostra que a desaprovação ao segundo mandato de Dilma Rousseff é altíssima: 4% consideram a administração como ruim ou péssima, enquanto 33% avalia como regular e outros 23% entendem ser ótima ou boa.
O número de aprovação há dois meses, quando o Datafolha havia feito a última pesquisa sobre o desempenho de Dilma à frente do Palácio do Planalto, era 42%, enquanto a desaprovação era de 24%.
A maneira como Dilma conduziu sua campanha eleitoral e as medidas drásticas para tentar conter a crise econômica contribuíram para que a avaliação dos eleitores sobre seu desempenho fosse bastante crítica.
46% dos eleitores acredita que a presidente mentiu antes das eleições, pois tomou medidas que negou serem necessárias logo após a vitória. Para 14% dos entrevistados, a presidente não disse uma única verdade durante a campanha, o que indica que 60% dos brasileiros sentem-se enganados pela mandatária.
O levantamento do Datafolha revelou que 47% dos brasileiros consideram a presidente desonesta, 54% a consideram falsa e 50%, indecisa.
Tamanha rejeição levou à maioria dos eleitores a afirmar que não votaria nela se o segundo turno fosse hoje, de acordo com outro instituto, o Paraná Pesquisas. Dilma Rousseff perderia a eleição para Aécio Neves (PSDB) caso a votação decisiva fosse realizada hoje.
Durante os dias 21 e 27 de janeiro, o instituto Paraná Pesquisas perguntou a 2.027 eleitores de todo o país se eles manteriam o voto dado em 26 de outubro de 2014, e ouviu de 21,7% dos que votaram em Dilma que não repetiriam a escolha.
Traduzindo em quantidade de votos, Dilma deixaria de receber os 54,5 milhões de votos e teria apenas 42,7 milhões, enquanto Aécio sairia da casa dos 51 milhões para 49,1 milhões de votos, o que o colocaria à frente de Dilma.
Publicado por Tiago Chagas em 9 de fevereiro de 2015